quarta-feira, 30 de setembro de 2009

E a Sede está em melhores condições para atender a comunidade.



Assim provisóriamente encontra-se nossa sede, melhor que as singelas barracas, aliás, uma delas é a sede itinerante da UPES, o que aproxima ainda mais a comunidade como um todo da nossa aguerrida entidade.
Pra não sair da rotina do acampamento a foto é uma contribuição da Claudia Wasilewski, que através da filmagem de seu marido Agenor Corrêa e com a edição e tudo, tudo, mais de responsabilidade da querida Carol Fornazari (prima de Claudia) também disponibilizou uma bela produção que pode ser conferida através do link: http://www.youtube.com/watch?v=FHEGWz3oMkY

UPES
Da Rua Marechal Mallet, 250.

Para Amorim, Zelaya em Honduras favorece o diálogo


O chanceler Celso Amorim debateu com senadores a crise em Honduras e a situação "única e singular" do presidente Manuel Zelaya, abrigado desde o dia 21 na embaixada brasileira em Tegucigalpa. Otimista, Amorim defendeu que a atitude brasileira, ao abrigar Zelaya, "reconduz à retomada do diálogo".

Nossa ação reconduz à retomada do diálogo, algo que não estava acontecendo", afirmou Amorim, durante reunião extraordinária da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senad. "O fato de Zelaya estar hoje no país é um convite ao diálogo", destacou, divergindo de senadores como José Agripino (DEM-RN) e Sérgio Guerra (PSDB-PE), que expressaram o desejo de ver Zelaya asilado.

Sem abrigo, Zelaya teria sido "preso ou morto"

"Não sei o que teria acontecido caso o Brasil não o tivesse aceito [na embaixada]. Ele teria sido preso, morto ou estaria em uma serra planejando uma insurreição, uma revolução. Achamos que estamos contribuindo para o diálogo e nossa embaixada não está interferindo [em assuntos internos hondurenhos]", afirmou o chanceler.

Amorim não concordou com a tese do asilo e procurou mostrar que a situação criada com o retorno de Zelaya pode ser considerada como "única e singular no âmbito da diplomacia internacional". Isto porque, explicou o ministro, não se trata de um líder deposto que pediu asilo político, mas sim de um "presidente legítimo que foi deposto e que voltou ao seu país para retomar, com base em conversações, o poder".

"Nenhum golpe foi tão amplamente criticado"

Ao defender a decisão do Itamaraty das críticas oposicionistas, o ministro lembrou que o Brasil não está só. Tanto a Organização dos Estados Americanos (OEA) quanto a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) criticaram o que classificaram de golpe contra Zelaya.

"Não me lembro de nenhum golpe de Estado que tenha sido tão amplamente criticado, tanto pela OEA quanto pela ONU e por outras lideranças mundiais. Trata-se não apenas de um presidente que buscava se exilar por golpe em seu país, mas de um presidente legítimo, assim reconhecido pela comunidade internacional, que quase literalmente bateu à nossa porta. Então consideramos como correto dar esse abrigo", resumiu Amorim.

"Toda violência partiu do governo golpista"

Vários senadores indagaram sobre a conduta de Zelaya na embaixade, alguns manifestando o temor de que isso seja visto como uma interferência brasileira no país. Amorim recordou que toda a violência tem vindo do lado dos golpistas.

“Fizemos advertências ao presidente Zelaya de que ele deveria evitar alguma manifestação que significasse insuflação a situações violentas. Apesar das reclamações, tivemos êxito. Não houve ato de violência dos seguidores de Zelaya. Houve manifestações pacíficas. Os atos que poderão ter resultados em violência, os únicos atos que teriam sido resultado em morte são atos da repressão, do governo golpista”, disse o ministro.

A posição do Brasil na crise hondurenha dividiu as opiniões dos senadores. O líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), afirmou "não haver dúvidas quanto ao fato de Manuel Zelaya, presidente deposto de Honduras, ter sofrido um golpe". Mercadante pediu, que os parlamentares brasileiros se posicionem claramente contra o golpe.

Inácio Arruda (PCdoB-CE) disse não haver sentido em ficar perguntando qual é o status de Zelaya. "O que importa é que o Brasil defende a democracia e os direitos de um presidente legitimamente eleito pelos hondurenhos", declarou.

Polêmica com Alvaro Dias

Já o senador José Agripino (DEM-RN) considerou que o Brasil esteja agindo como "avalista" das ações do presidente deposto, "entrou de gaiato nesse navio" e Zelaya está usando o prestígio da diplomacia brasileira a seu favor. Para Agripino, não é de todo impossível a eminência de um conflito armado em que o Brasil acabe sendo envolvido.

Quanto ao líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), expressou a preocupação de que a diplomacia brasileira fique refém da crise em Honduras, que o tucano definiu como um "pequeno país". Amorim concordou apenas com a preocupação: "Naturalmente esta é uma preocupação nossa. Mas lá o que está em jogo não é apenas um pequeno país da América Central, mas o destino da democracia, pelo menos na região, onde a tolerância a um golpe de Estado poderia inspirar outros golpes", disse.

O ministro polemizou com o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), quando este insinuou que o Brasil sabia previamente da volta de Zelaya, concordando portanto com a tese do governo golpista de Honduras: "Tenho 50 anos de vida pública. Se Vossa Excelência preferir acreditar nas palavras de um golpista, não posso fazer nada. Não soubemos, não participamos e fomos surpreendidos quando ele bateu às portas da embaixada", sublinhou.

Fonte: Portal Vermelho

Representantes da UPES pedem apoio aos vereadores, por Renata Pollati

"Há cerca 50 dias, a sede da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas foi demolida por uma construtora que alegou ser dona do terreno. Desde então, os estudantes estão acampados na área. Nesta terça-feira, alguns representantes foram até a Câmara Municipal pedir apoio para os vereadores. Como forma de protesto, eles levaram a “sede itinerante da UPES”, que é uma barraca. De acordo com o presidente da UPES, Rafael Clabonde, a venda teria sido feita de forma incorreta.

Os estudantes já estão com algumas ações na justiça pedindo a anulação da venda. A negociação para que os estudantes fossem até a Câmara foi feita pela vereadora do PT, Professora Josete.

O terreno onde ficava a sede da Upes e onde os estudantes estão acampados fica na Rua Marechal Mallet, no Juvevê."

A UPES entrou ao vivo ontem pela CBN pautando a participação na sessão da Câmara curitibana, o áudio pode ser encontrado no link abaixo:
http://cbncuritiba.com.br/index.php?pag=noticia&id_noticia=25542&id_menu=180

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Hoje tem manifestação em frente a Câmara de Curitiba.

Após longos anos, e somente não sabemos destacar exatamente o prazo, pois nossos documentos de memória do movimento estudantil que se encontravam na sede, foram destruídos, a UPES volta a fazer uso da tribuna no plenário da Câmara Municipal de Curitiba. Mas somente a conquista deste espaço, não nos contenta, queremos é garantir por direito aquilo que já é de fato nosso, o terreno histórico localizado na Rua Marechal Mallet, 250. Por tanto, lançamos a sede itinerante em forma de barraca, e além disso o Juiz que cuidava do caso, e que há mais de um ano não deu julgou o mérito, será homenageado, já que entrou de férias. Falamos claro, do nosso amigo Dr. SERGIO JORGE DOMINGOS, mas aí vale conferir e comparecer lá!
Começamos às 14:30h com o pronunciamento!
A luta.

Saudações Estudantis.

UPES
Da Rua Marechal Mallet, 250.

domingo, 27 de setembro de 2009

Nossa memória: 32º COESES da UPES e o Congresso de reconstrução da UBES


Na segunda seção sobre memória do movimento estudantil, vamos falar do ano de 1981. Essse ano foi marcado pela realização do 32º Congresso da UPES, mas também do Congresso de Reconstrução da UBES em Curitiba.

Começamos com o Congresso da UPES, que tinha como presidente o mourãoense Renato Hino. O CEEG realizado em Campo Mourão naquele ano marcou o congresso da UPES para a cidade de Paranavaí. O COESES estava previsto para 3 dias, mas já no caminho para a cidade muitos ônibus foram parados pela polícia e no início do segundo dia muitas suspeitas de pessoas infiltradas rondavam o encontro e a suspeita foi confirmada muitas horas mais tarde com a invasão do plenário (o ginásio Noroestão) por centenas de policiais com ordem para terminar com o Congresso. Nessa situação os estudantes cantaram o hino nacional e imobilizaram os militares, saindo de fininho. Vendo a situação ficar sem controle a executiva da UPES suspendeu o encontro e os estudantes deixaram a cidade.

Alguns dias depois, a UPES realizou um outro CEEG em Maringá que decidiu remarcar o congresso para para os dias 14 e 15 de Novembro na cidade de Campo Mourão, pois acreditava-se que esta cidade e sua entidade estudantil pudesse garantir a "Segurança Máxima" como ficou conhecido o Congresso. E assim foi. O 32º Congresso da UPES em Campo Mourão foi realizado em grande tranquilidade e ainda contou com atividades culturais e a despedida de Renato Hino da presidência da UPES.

Congresso da UBES - Dias antes da nova realização do COESES da UPES, mais exatamente em 31 de outubro de 1981 iniciou-se em Curitiba o congresso de reconstrução da UBES, em um ginásio depredado, abandonado e que não tinha teto. Foi um congresso muito tenso e tumultuado, pois o Governador Nei Braga fez de tudo para impedir a realização do mesmo. No segundo dia de encontro a Tropa de Choque invadiu a plenária e encurralaram a todos. O estudantes usaram novamente a tática do Hino Nacional para fazer os militares pararem. Mas o hino não dura para sempre e o confronto foi inevitável dessa vez. Mas os policiais não conseguiram deter a multidão e se retiraram. Durante a noite voltaram, revistaram tudo no alojamento, mas desta vez sem confronto. Apesar de tudo o Congresso continuou, não havia alimentação e os estudantes precisavam fazer pedágio para comer.

Chegado o momento da eleição da diretoria somaram-se quase todas as correntes de pensamento presentes: Hora do Povo, Tribuna da Luta Operária, Voz da Unidade e estudantes independentes. Do outro lado estavam os seguidores da Liberdade e Luta e Convergência Socialista. O Presidente da UBES eleito foi Sérgio Amadeu da Silvade São Paulo e o Vice-Presidente foi o mourãoense José Eugênio Maciel, que foi morar em São Paulo na sede da UBES em alguns cômodos cedidos pela Câmara de vereadores da cidade.

Segue trecho extráido de arquivos com carta de Maciel aos estudantes do Paraná.

"Iniciei o movimento estudantil em meu Estado mais exatamente em Campo Mourão através da UMES a qual sempre será motivo de orgulho e consideração... nosso trabalho e de muitos foi reconhecido dando a essa entidade a minha indicação em Curitiba para Vice-presidente Geral da UBES"

Escolhi essa história (que é muito, mas muito maior mesmo resumi para tentar deixar o texto mais agradável para o BLOG) devido ao fato do hino nacional ser importante instrumento na luta dos esutdantes contra os militares e sendo hoje o Dia da Independência, achei que seria cabível relembrar essa passagem.

____________________________________________________________


Ficha técnica:

Ano: 1981

O que? 32 º COESES da UPES e Congresso de Reconstrução da UBES

Local: Paranavaí e Campo Mourão / Curitiba

Personagens: Renato Hino, José Eugênio Maciel, Governador Nei Braga e Sérgio Amadeu da Silva

Fonte: Entrevista com José Eugênio Maciel, Livro UMES 35 anos uma rebeldia consequente e Arquivos da Família Assis Marques.
Foto: Congresso da UBES 1983 - o 1º depois da reconstrução.

Extraído do blogdoraoni.blogspot.com

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

RAPIDINHAS DA UPES

Nunca é demais mostrar a posição da nossa entidade guerreira sobre o descaso do poder executivo municipal com a juventude, porém, a atualização do blog só se dá hoje devido a nossa dificuldade para atualização, e aí vale sempre o agradecimento a nossa vizinhança que a exemplo da Cláudia sempre disponibiliza seu computador, mas os horários não andam ajudando, por tanto tardou, mas não falhou, a última foi feita pela Diretora da UMESC (União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Curitiba), Camila!

- TERÇA- FEIRA NA SESSÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CURITIBA O ACAMPAMENTO ENTRA EM PAUTA;

É isto mesmo, após muitos anos a União Paranaense dos Estudantes Secundaristas irá fazer uso da tribuna na Câmara da capital, no início da sessão. Uma articulação da Profª Josete (PT), aceita por Mario Celso, líder do “cidadão” protagonista da papelada que consta na postagem abaixo. Mais uma vitória da nossa resistência!

- NÓS E A CONFERÊNCIA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.

Mais uma vez a UPES jogou papel decisivo no processo prático de colocar o jovem exercendo sua democracia. Vale a ressalta, de que o Estado e a sociedade civil ainda precisam fazer mais este exercício, infelizmente a Conferência não conseguiu cumprir na totalidade com seu propósito, as etapas preparatórias em várias cidades inexistiram lamentavelmente.

Dentre todas as propostas aprovadas, duas moções foram criadas por nós, uma de fortalecimento dos Grêmios Estudantis, e outra em apoio a nossa luta pelo terreno.

A fonte da foto foi retirada desta matéria que pode ser vista na íntegra através do seguinte endereço: http://www.secj.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=482

- Ainda no ritmo conferencista, a UPES irá participa da CONAE, na tumultuada etapa municipal de Curitiba segunda-feira. E pra variar a estrutura da Conferência não beneficia a participação estudantil como deveria, mas este não é um caso isolado, nesta semana a galera de Londrina que tentou sair eleita para ir a CONAE em Brasília, entrou em contato conosco pois lá também a conferência foi uma piada, vamos rir pra não chorar e pressionar pautando nossa opinião também nas Conferências Livres que temos organizado.

- GESTÃO DEMOCRÁTICA NO COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ, ALGO UTÓPICO?

Acreditamos que não, obviamente, mas ainda este que deveria ser um exemplo de democracia para todo espaço, continua sendo um espaço para privilegiar a opinião de poucos, deixando de lado a elaboração da maioria dos freqüentadores daquele colégio, os estudantes. Agora se inicia o processo de eleição da nova diretoria do Grêmio Estudantil – GECEP, e através disto iremos continuar na luta pelas eleições diretas e sobre outras pautas que ganharam em breve uma nota pública da UPES para toda sociedade.

UPES

Da Rua Marechal Mallet, 250.

CURSINHO GRATUITO PARA O ENEM TEM SIDO UM VERDADEIRO SUCESSO

As aulas que acontecem no Casarão da nossa co-irmã União Paranaense dos Estudantes (UPE), tem reunido estudantes de várias escolas de Curitiba e região metropolitana, bem como aqueles que ainda não tem um só espaço fora o que proporcionamos para se sentir “estudante de fato”, mais esta ação é para tentar remediar a ausência do Estado em garantir o acesso à universidade, por tanto
RESERVA DE VAGAS JÁ! E MAIS VAGAS NAS UNIVERSIDADES!

A gente volta em breve.

Saudações estudantis!

UPES

Da Rua Marechal Mallet, 250.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Incompetência de Beto Richa vai impedir renovação do Projovem em 2010

* Disputa entre Secretaria do Trabalho e Procuradoria teria acarretado a perda dos recursos do governo federal
Vereadores viajaram até Brasília para descobrir mais uma mentira de Richa. Na foto, Jonny, Algaci, Ludowig (Projovem), Noêmia e Josete. Diferente daquilo que o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), informou no meio da semana, os 7 mil jovens curitibanos ainda correrem riscos de ficarem sem os cursos de qualificação do Projovem porque a prefeitura perdeu os prazos de execução do programa.
A bancada de vereadores da oposição foi até Brasília nesta sexta-feira (18) e constatou que a prefeitura terá que iniciar um novo trâmite para utilizar os recursos do Projovem. Isto, na prática, significa que não será mais possível a renovação do convênio para 2010, como chegou divulgar Richa.
Legislação eleitoral impede novos repasses em 2010
A bancada oposicionista se reuniu hoje com o diretor do Departamento de Políticas de Trabalho e Emprego para a Juventude do Ministério, Renato Ludwig de Souza, responsável pelo Projovem, que garantiu a impossibilidade de reaver os recursos por causa das eleições do ano que vem.
“Se o cronograma tivesse acontecido dentro do previsto, a prefeitura prestaria contas do programa em dezembro deste ano e até março receberia a verba para 2010. Mas como ano que vem é ano de eleição, o governo federal fica impedido de repassar recursos após dia 3 de abril. Já estamos em setembro e não foram iniciadas as aulas, que duram pelo menos seis meses. Ou seja: não há mais tempo suficiente para pleitear esses recursos”, lamenta o líder da oposição, vereador Jonny Stica (PT).
“Dessa forma, ao menos sete mil jovens vão deixar de receber qualificação profissional em Curitiba”, completa.
O diretor do Ministério do Trabalho informou ainda que a prefeitura terá que realizar novamente todo o trâmite para a liberação dos cerca de R$ 9 milhões que devem ser utilizados no programa. “Considerando que Curitiba é referência em todas as áreas, é lamentável que ela tenha sido a única capital a perder os recursos do programa”, aponta a vereadora Noêmia Rocha (PMDB).
Disputa entre Secretaria do Trabalho e Procuradoria
Sobre os motivos que levaram à perda do prazo para o início do Projovem, Ludowig afirmou que identificou tensões entre a Secretaria Municipal do Trabalho e a Procuradoria Geral do Município na forma que o processo foi conduzido.
“O diretor nos informou que comunicou diversas vezes ao secretário da pasta sua preocupação com o prazo final para o edital. A Secretaria fez cinco editais diferentes antes de publicar o texto final, e a procuradoria teria implicado com pequenos detalhes, fazendo com que o prazo se esgotasse”, revela Jonny Stica.
“Iremos pedir, na próxima semana, a convocação do secretário Jorge Bernardi para explicar o imbróglio e faremos um pedido de informações requisitando cópias dos editais do programa que não foram publicados”, avisa a vereadora Professora Josete (PT).
Fritura na Secretaria do Trabalho
“Dá a impressão que houve intriga para ‘fritar’ o secretário. Eram detalhes insignificantes e as licitações anteriores não precisavam ser canceladas”, afirma o vereador Algaci Túlio (PMDB).
“Uma das questões mais graves é que se poderia ter capacitado, em dois anos, pelo menos 14 mil jovens, o que representa quase metade dos desempregados na faixa etária dos 18 a 24 anos em Curitiba”, complementa o líder da oposição.
Os vereadores da bancada informam que arcaram com todos os gastos que tiveram com a viagem até Brasília.

UNE comemora o fim da DRU sobre a Educação

Câmara aprova PEC que acaba com a retenção de recursos da Educação por meio da DRU (Desvinculação de Receitas da União). “Sempre fomos contra a incidência da DRU na área. Já denunciamos à sociedade a retirada de bilhões de reais da Educação por conta disso”, afirma Augusto Chagas, presidente da entidade, lembrando que é uma pauta antiga da UNE.

O movimento estudantil comemora a aprovação na Câmara dos Deputados da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 277/08, do Senado, que acaba gradualmente com a retenção de recursos da Educação por meio da DRU (Desvinculação de Receitas da União). A proposta pode representar mais R$ 3,9 bilhões para o orçamento da pasta ainda em 2009.
“Comemoramos muito a aprovação da PEC. Sempre fomos contra a incidência da DRU na área e já denunciamos à sociedade a retirada de bilhões de reais da Educação”, afirma Augusto Chagas, presidente da UNE, se referindo às mobilizações e abaixo-assinados que há tempos são recolhidos por todo o país pela entidade. A DRU permite ao governo a livre movimentação de um percentual do orçamento, retendo recursos que poderiam ser investidos em áreas estratégicas para o Brasil. O mecanismo fiscal foi implantado em 1994, pelo governo FHC, e desde então subtrai bilhões de reais da Educação.

Universalização do ensino entra na proposta

A proposta precisa ser aprovada em segundo turno e voltar ao Senado, já que foi modificada na Câmara. “Nós propusemos a universalização do ensino, de modo que atinja crianças e jovens de 4 a 17 anos - hoje alcança as idades de 7 a 14”, comemora o relator Rogério Marinho (PSDB-RN), também integrante da Comissão de Educação da Casa. “Aprovada, a PEC já garante para este ano mais de R$ 3 bilhões ao orçamento da Educação”, diz Marinho. Atualmente são descontados 20% da arrecadação de tributos e contribuições federais para a DRU. Com o substitutivo, o índice será gradualmente reduzido ao longo de três anos para o setor educacional. Em 2009 será de 12,5% e de 5% em 2010, chegando a R$ 10,5 bilhões em recursos a partir de 2011.

A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) comemora o fato de se ampliar o direito ao ensino básico gratuito até os 17 anos, incluindo assim os estudantes secundaristas. “Isso faz parte do plano nacional de educação que defendemos, afinal, o aluno tem que sair do ensino médio com condições de ir à universidade e ao mercado de trabalho. Vamos trabalhar para que isso seja realmente implementado”, afirma Osvaldo Lemos, diretor de Relações Internacionais da UBES. Lemos diz que a aprovação da PEC é apenas uma batalha ganha, entre tantas lutas que o movimento estudantil tem para enfrentar. O diretor lembra que a UBES e a UNE lutarão muito ainda para que 50% dos recursos do pré-sal sejam direcionados à educação pública do País.

O ensino superior também considera positiva a aprovação da medida. A redução gradativa da DRU para a educação, até sua completa extinção em 2011, aumentará o destinação de verbas para o setor. Tal medida é de fundamental importância e, aliada à recente expansão das universidades federais, permite o avanço da educação pública de qualidade”, afirma Madalena Guasco Peixoto, coordenadora geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (CONTEE).

A senadora Ideli Salvatti (PT-SC (foto)), autora da PEC, acredita na rápida aprovação no Senado, que não tem as mesma fases de tramitação da Câmara. "Eles fizeram uma nova vinculação, por isso volta para a Casa. Estou confiante de que a proposta chegando aqui até o final de setembro, teremos a promulgação até o final do ano. E será possível investir em educação ainda em 2009", disse Salvatti.

Da Redação do Portal EstudanteNet

Curitiba (PR): Dieese: metalúrgicos da Renault e Volvo conquistam maior acordo salarial da indústria em 2009

Após greve, trabalhadores do Paraná garantiram 100% do INPC, 3% de aumento real e mais R$ 2 mil de abono pagos já nessa semana.

Os seis mil trabalhadores das montadoras Renault-Nissan e Volvo, ligados à Força Sindical, conquistaram hoje (16) o maior acordo salarial registrado na indústria brasileira no ano de 2009, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese). Na primeira greve após a crise financeira mundial, a mobilização dos metalúrgicos do Paraná garantiu 3% de aumento real mais a correção de 4,44% referente à inflação acumulada nos últimos 12 meses, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) - totalizando 7,57% - mais um abono de R$ 2 mil para cada trabalhador a ser pago já nessa semana.
Na Renault-Nissan, os trabalhadores têm a garantia de mais 1% de aumento real conquistado na data-base do ano passado - ao todo, então, vão receber 8,65% de aumento salarial. Em ambas as montadoras, os reajustes serão aplicados no mês de setembro. Na Volvo, os metalúrgicos conquistaram também estabilidade de emprego até 2 de dezembro. As propostas de acordos foram aprovadas por unanimidade em assembléias na manhã de hoje (16), dando fim à greve de oito dias na Renault e um na Volvo. Os dias parados não serão descontados: irão para o banco de horas.
Em comparação ao acordo assinado com as montadoras na região do ABC Paulista, por exemplo, o acordo fechado no Paraná teve aumento salarial 50% maior e abono 33% maior. "Essa foi uma conquista importante que certamente vai influenciar positivamente as campanhas de outras categorias em todo o Brasil, servindo de referência para as negociações salariais no segundo semestre", afirma o economista técnico do Dieese, Cid Cordeiro.
Com a greve iniciada em 4 de setembro, a Renault deixou de produzir 6.240 veículos. Já na Volvo, o prejuízo foi de 24 ônibus e três caminhões.
Com mobilização, proposta salarial avançou 152%
Em comparação à primeira proposta feita pelas montadoras no início da mobilização, o acordo aprovado hoje é 152% maior, informa o Dieese. Enquanto a oferta inicial injetaria R$ 15 milhões na economia do Estado, a proposta de hoje injeta R$ 37 milhões. "Importante ressaltar que caso aceitássemos a primeira proposta, essa diferença de R$ 22 milhões iria para o exterior, como remessa de lucros, e não ficaria no nosso Estado, aquecendo a economia local", ressalta o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), Sérgio Butka. Conforme o Dieese, o avanço obtido com a mobilização representa, em média, R$ 3,7 mil por ano a mais para cada trabalhador.
Volks-Audi continua parada
Diferente da Renault-Nissan e da Volvo, a Volkswagen-Audi não apresentou nenhuma nova proposta salarial aos seus 3,5 mil metalúrgicos, fazendo com que a greve entrasse no seu 11º dia. Desde 3 de setembro, quando iniciou a paralisação, a montadora alemã já deixou de fabricar 8.960 veículos. Hoje, às 16h, SMC e Volks se reúnem para a terceira audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Amanhã, dia 17, às 14h, tem nova assembléia em porta de fábrica.
Greve ponto a ponto
03 de agosto – SMC debate pauta de reivindicações em Seminário de Planejamento Estratégico
10 de agosto – Pauta de reivindicações é aprovada em assembléia na sede central do SMC
11 de agosto – Em assembléia em porta de fábrica, metalúrgicos da Volks-Audi, Renault e Volvo referendam pauta de reivindicações
18 de agosto – Definidas reuniões de negociação com o Sinfavea (sindicato patronal) para os dias 24 e 25 de agosto
24 de agosto – SMC e Sinfavea discutem calendário de negociações
25 de agosto – Assembléias em porta de fábrica decidem que negociações podem ser com Sinfavea, mas acordos tem que ser assinados por empresa
26 de agosto – Sinfavea aceita assinar acordos em separado
27 de agosto – Sem avanço nas negociações, SMC rompe com Sinfavea e começa a negociar empresa por empresa
31 de agosto – Em reunião com o SMC, Renault oferece R$ 1,5 mil de abono, 100% do INPC e 1% da data-base de 2008
1º de setembro – Assembléia na Renault rejeita proposta da empresa. Metalúrgicos dão prazo até 03/09 para negociação avançar
02 de setembro – Volks-Audi se reúne com o SMC, mas não apresenta nenhuma proposta de reajuste. Nova reunião é marcada para 04/09
03 de setembro – Em assembléia, metalúrgicos da Volks decidem não esperar reunião do dia 4 e entram em greve por tempo indeterminado
03 de setembro – Renault apresenta nova proposta: 100% do INPC e abono de R$ 1,5 mil em setembro
04 de setembro – Metalúrgicos da Renault rejeitam nova proposta da empresa e entram em greve.
04 de setembro - Greve na Volks-Audi entra no segundo dia. Empresa cancela negociação que havia agendado com o SMC.
05 de setembro – Terceiro dia de greve na Volks-Audi e segundo na Renault.
08 de setembro – Quarto dia de greve na Volks-Audi e terceiro na Renault.
09 de setembro – Quinto dia de greve na Volks-Audi e quarto na Renault.
09 de setembro – Em reunião com o SMC, Volvo oferece 100% do INPC e abono de R$ 1,5 mil em setembro.
10 de setembro – Em assembléia, metalúrgicos da Volvo rejeitam proposta da empresa e param em protesto por uma hora.
10 de setembro – Sexto dia de greve na Volks-Audi e quinto na Renault.
11 de setembro – Em audiência de conciliação com o SMC no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Renault oferece 100% do INPC e R$ 1,5 mil de abono, sem aumento real. Volks não apresenta nenhuma proposta.
11 de setembro - SMC e Volvo se reúnem para nova rodada de negociação.
14 de setembro – Renault apresenta proposta diferente da discutida no Tribunal. Em assembléia, porém, os metalúrgicos rejeitam os 100% do INPC e 2% de aumento real em setembro, R$ 1,5 mil de abono também em setembro e 1% pendente da negociação de 2008 para agosto de 2010.
14 de setembro – Assembléia na Volvo rejeita R$ 2 mil de abono em setembro e 100% do INPC + 2% de aumento real em outubro. Trabalhadores dão prazo de 24h para proposta avançar.
15 de setembro – Volvo mantém o mesmo abono e antecipa aumento para setembro. Trabalhadores não concordam e entram em greve. Mesma proposta é rejeitada na Volks e Renault.
15 de setembro – Negociação com a Volks e Renault no TRT não avança. Greve continua.
16 de setembro – Trabalhadores da Volvo e Renault aceitam 3% de aumento, 100% do INPC e R$ 2 mil de abono em setembro. Greve de oito dias na Renault e um na Volvo é encerrada. Na Renault, metalúrgicos têm garantido ainda 1% de reajuste pendente da negociação de 2008. Dias de greve vão para o banco de horas dos trabalhadores.


TRT do Paraná terá primeiro juiz cego do País

O procurador regional do Trabalho Ricardo Tadeu Marques da Fonseca (foto) foi nomeado pelo presidente da República para exercer o cargo de juiz Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR). Ele ocupará a vaga aberta em virtude da aposentadoria da juíza Wanda Santi Cardoso da Silva. Ricardo Tadeu Marques da Fonseca integra o Ministério Público do Trabalho desde 1991.
Para ele, fazer parte do TRT-PR será a concretização de um sonho. "Tentei entrar na magistratura em 1989, quando prestei concurso para juiz do Trabalho em São Paulo, mas fui impedido de participar da última fase do concurso por ser cego. Naquela época havia uma decisão do Supremo de que pessoas cegas não poderiam atuar como juiz", explicou.
Ricardo Tadeu nasceu prematuro, sofreu paralisia cerebral em decorrência disso e teve deficiência visual, por causa da chamada retinopatia. Incentivado pela mãe, estudou em escola regular e, aos 23, quando cursava o terceiro ano da faculdade de Direito, perdeu a visão completamente. Com o apoio de colegas, que gravavam o conteúdo dos livros e das aulas para que ele estudasse, formou-se pela USP, fez mestrado e doutorado, publicou dezenas de artigos acadêmicos e escreveu o livro "O trabalho da pessoa com deficiência e a lapidação dos direitos humanos".
"Ao ser nomeado pelo presidente em uma lista tríplice, muito me honra atuar no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná", completou o novo integrante do TRT/PR. Ele foi recebido em audiência pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última sexta-feira (17). "A experiência vivenciada nesses 17 anos como procurador do Trabalho em muito contribuirá para desempenhar o honroso cargo que agora assumo no TRT da 9ª Região", concluiu.

Fonte: TRT da 9ª Região/Procuradoria-Geral do Trabalho

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Deputado Romanelli propõe a Requião a desapropriação do terreno

Confira o texto abaixo da indicação enviada ao Governador do Estado do Paraná:

SÚMULA: Sugere ao Governador Roberto Requião que determine estudos junto aos órgãos competentes do Estado no sentido de viabilizar a declaração de utilidade pública, para fins de desapropriação, do terreno-sede da Upes (União Paranaense dos Estudantes Secundários) em Curitiba.

Excelentíssimo Governador:

O Deputado Luiz Cláudio Romanelli dirige-se a Vossa Excelência para sugerir que determine estudos junto aos órgãos competentes do Estado, em especial a Procuradoria Geral do Estado e a Secretaria do Estado da Administração, no sentido de viabilizar a declaração de utilidade pública, para fins de desapropriação, do terreno sede da Upes (União Paranaense dos Estudantes Secundaristas) ocupadas por mais de 40 anos pela entidade em Curitiba.

O terreno de 286 metros quadrados, inscrição imobiliária 15.0.0014.0024.00-2, indicação fiscal 32.006.024, está localizado na Rua Marechal Mallet, 250, em Curitiba. O imóvel pertence historicamente há cerca de 40 anos, mas, devido ao impasse jurídico, desde 2007 foram cortadas as ligações de luz e água do imóvel, e recentemente uma reintegração de posse desalojou os secundaristas da sua estrutura de atendimento e de organização no Estado.
Fonte: liderança do Governo na Assembléia Legislativa

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Nova sede sendo levantada no terreno.

Boas novas. A UPES vem divulgar as primeiras imagens da nossa nova casa que começa a ganhar forma, em breve um histórico do acampamento que perdura por mês e meio já.








terça-feira, 15 de setembro de 2009

Petrobras divulga nova descoberta no Pré-sal

A Petrobras acaba de divulgar nota informando mais uma descoberta de petróleo e gás natural na camada pré-sal da Bacia de Santos. Segundo o comunicado da empresa, a descoberta de uma nova jazida ocorreu nos reservatórios do Bloco BM-S-9 (Bacia Marítima de Santos 9), a partir da perfuração do poço denominado informalmente de Abaré Oeste.
A área é explorada pela Petrobras, que opera o Bloco com 45% de participação em um consórcio que conta ainda com a BG Group (30%) e a Repsol (25%). De acordo com a estatal, será dada continuidade às atividades e investimentos necessários para a avaliação da jazida conforme o plano de avaliação aprovado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Segundo a Petrobras, a jazida está localizado na área de avaliação do Poço 1-SPS-50 (Carioca), a cerca de 290 quilômetros da costa do estado de São Paulo e a uma profundidade de 2.163 metros de lâmina d’água. Esse é o quarto poço perfurado no Bloco BM-S-9, todos com comprovação de existência de petróleo e gás.A empresa informou ainda que o Bloco BM-S-9 é composto por duas áreas de avaliação: a do poço denominado de Guará e a do poço chamado de Carioca.“A descoberta foi comprovada por meio de amostragem em reservatórios localizados em profundidade aproximada de 5.150 metros. Mais análises estão sendo feitas com as amostras recuperadas para a melhor caracterização do óleo encontrado”, diz o comunicado da estatal.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

2º Encontro Latino-Americano e Caribenho de Estudantes Secundaristas

A realização da segunda edição do evento deverá ser na Nicarágua, em 2010. Leia no Portal EstudanteNet (www.estudantenet.com.br) entrevista com o presidente da OCLAE, Roberto Obregón.

DECLARAÇÃO FINAL DO 1º ENCONTRO LATINO-AMERICANO E CARIBENHO DE ESTUDANTES SECUNDARISTAS

Rio de Janeiro, 06 de Setembro de 2009

Na história da América Latina, os inumeráveis conflitos políticos, ditaduras, perseguições etc. foram determinantes na formação de um pensamento critico, reflexivo e transformador, e gerador de lutas sociais e políticas, protagonizadas pelo movimento estudantil latino-americano, que se inspirou na Reforma Universitária de Córdoba de 1918 até sua máxima expressão organizativa, com a fundação da OCLAE no ano de 1966.

A OCLAE serviu para fortalecer e motivar as diversas organizações estudantis em nível continental, que hoje se mantêm lutando com princípios como o antiimperialismo, anti-facismo, anti-colonialismo, contra a xenofobia, pela liberdade plena do ser humano, contra o racismo, em combate ao analfabetismo, em defesa da soberania plena dos povos e por uma educação pública, gratuita e de qualidade como direito fundamental da humanidade.

Hoje, dizemos com certeza que a unidade e a solidariedade são armas fundamentais que nos têm permitido lograr vitórias políticas e sociais no continente. Um exemplo disso são os governos democráticos, progressistas que se dão na América Latina e o avanço das mudanças fundamentais que estão acontecendo através destes governos. O imperialismo procura detê-los, através de campanha de desprestígio, desinformação e vilipendio.

Vivemos e enfrentamos uma Crise Geral do sistema no seu plano econômico, político, social, ambiental, alimentar e cultural, gerada por um capitalismo selvagem que hoje busca que seus interesses, mantidos por décadas, prevaleçam. A crise não é nossa. Portanto, que paguem os culpados. Os povos latino-americanos, os estudantes e os trabalhadores, que não criaram esta situação, não devem pagar por ela. Devemos enfrentá-la e desmascará-la, demonstrando em todo o momento o caráter unitário do movimento estudantil latino-americano.

Os Estados devem garantir o acesso e o financiamento à Educação. Estamos conscientes que essa crise afeta nossos países, mas o setor educativo deve ser prioritário. Por isso, exigimos que não se diminua seu pressuposto. Consideramos a educação um eixo fundamental do desenvolvimento de nossos povos. Lutamos contra a sua mercantilização e transnacionalização, pugnamos por uma reforma educativa baseada na realidade de cada país, em igualdade de oportunidades, em que a qualidade constitua o máximo expoente em interação entre o ensino e a aprendizagem, garantindo sua vinculação com a sociedade, que significa entregar um profissional capacitado com uma formação integral necessária para propiciar o desenvolvimento de nossos países.

Os estudantes, reunidos no marco do primeiro Encontro Latino-Americano e Caribenho de Estudantes Secundaristas, em busca de novas alternativas nos âmbitos educativos para seu fortalecimento e de maior protagonismo na tomada de decisões.
Reafirmamos nosso compromisso inaliável na luta por alcançar as conquistas de nossos direitos, tendo como premissas nosso caráter antiimperialista, a luta por uma verdadeira participação política e a incorporação a todos os processos de mudança. Cremos que este não será o único espaço que teremos. Mais do que nunca necessitamos estar vigilantes ante a realidade que vivemos para exigir maiores espaços em todos os âmbitos, nos quais participamos com o fim de gerar sobre a base de novas experiências e formas organizativas no Ensino Médio.

Nosso papel, como movimento estudantil na América Latina e Caribe, é de incidir na discussão de um novo sistema que leve em consideração a integração e a luta em busca de uma identidade própria, pela manutenção de nossas tradições, pelo fortalecimento das organizações, de solidariedade com os processos democráticos e em defesa da educação como nosso baluarte. Somente com o movimento estudantil unido, firme e consequente é que seremos capazes de alcançar novas vitórias.

Organização Continental Latino-Americana e Caribenha dos Estudantes - OCLAE
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas - Brasil
Federação dos Estudantes Secundaristas - Nicarágua
Federação dos Estudantes Secundaristas do Equador
Federação dos Estudantes do Ensino Médio - Cuba
Associação Nacional de Estudantes Secundaristas - Colômbia
Federação dos Estudantes Dominicanos - República Dominicana
Federação dos Estudantes Secundaristas de Honduras
Federação dos Estudantes Secundaristas - Bolívia
Movimento Independente Latino Americanista Estudantil - Argentina
Centro de Estudantes do Liceu Poas - Costa Rica
Comissão Nacional de Ensino Médio - Chile
Frente Estudantil Derlis Villagra - Paraguay
União Nacional dos Estudantes - Brasil
União Nacional dos Estudantes da Nicarágua
Federação Estudantil Universitária - Cuba
Federação de Estudantes Universitários do Equador
Associação Colombiana de Estudantes Universitários
Federação Mundial de Juventudes Democráticas - FMJD

Cultura é contemplada no fundo do pré-sal

Ministro Juca Ferreira garante inclusão no fundo do pré-sal de 1% dos lucros para área cultural. Presidente da UNE defende porque este é o momento de debater a destinação das verbas da riqueza ainda não explorada.

Ninguém sabe ao certo o volume de riquezas existente ou capaz de ser comercialmente extraído das reservas de petróleo do pré-sal, situadas a 8 mil metros de profundidade. As cifras aventadas - de até R$ 8,7 trilhões - não levam em conta, dizem os grandes veículos de comunicação e os oposicionistas do governo Lula, a que custo o petróleo do pré-sal será explorado nem os tributos que terão de ser recolhidos antes que as receitas possam ser distribuídas.Outro argumento utilizado por estes setores é que “esse dinheiro não pode ser materializado no curto prazo, já que os investimentos são de longa duração”, o que significaria “que não existe cálculo minimamente confiável”, conforme publicou na ultima sexta-feira (11/9), no jornal Folha de S. Paulo, o jornalista Marcio Aith.Grandes veículos de comunicação, oposicionistas e até uma parcela mais estreita dos movimentos sociais criticam “uma disputa barulhenta” que estaria havendo em torno da distribuição dos recursos oriundos do pré-sal, como fosse esta uma discussão sobre o ovo antes que o mesmo extrapolasse os limites da cloaca da galinha.O presidente da UNE, Augusto Chagas, defende que este é exatamente o momento de ser feita a discussão sobre a destinação dos prováveis recursos do pré-sal: “É legítimo garantir em lei a aplicação dos recursos que virão daqui a 10, 15 anos, em áreas que ajudem a garantir que o ciclo de desenvolvimento seja acompanhado de progresso social. Não podemos submeter esta decisão à conjuntura política de cada governo após o início da exploração do pré-sal”. Augusto coloca a UNE ao lado dos setores com visão nacionalista e clama unidade na defesa do novo marco regulatório, pois considera que as regras atuais favorecem leilões abertos e, por isso, acredita que pode trazer ameaça de desnacionalização das riquezas. “Se observarmos a história, veremos que na época da campanha ‘O Petróleo é nosso’ havia dois campos: os que defendiam uma política nacional com desenvolvimento de tecnologia própria para exploração do petróleo e aqueles que diziam que o Brasil não possuía a tecnologia e não teria condições de realizar a exploração sem ajuda externa. A UNE nunca vacilou em defender os interesses nacionais. Nem antes, nem agora”.Depois da UNE realizar ampla campanha por 50% dos lucros do pré-sal para a Educação, o Ministro Juca Ferreira, na semana passada, garantiu em reunião ministerial vitória em uma bandeira que vem levantando desde a sua posse: o direcionamento de 1% da riqueza do pré-sal para assegurar acesso pleno dos brasileiros à cultura. O setor de cultura foi incluído entre aqueles beneficiados pelo fundo social do pré-sal, cuja criação foi proposta pelo governo na semana passada. O texto compõe os projetos que o presidente Lula encaminha ao Congresso com compromisso do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB/SP), de que sejam votados até novembro deste ano.O texto do projeto encaminhado ao Congresso dispõe que os recursos do pré-sal serão aplicados em projetos e programas nas áreas de combate à pobreza e de desenvolvimento da educação, da ciência e tecnologia, da sustentabilidade ambiental e da cultura.Os percentuais para cada área e o modo de funcionamento do Fundo Social ainda serão definidos pelo Congresso. Portanto, por enquanto, o percentual de 1% mencionado pelo ministro ainda é um desejo."O pré-sal dará ao país a oportunidade de fazer uma discussão séria sobre desenvolvimento", disse Ferreira. "A maioria dos países produtores não soube utilizar o petróleo. Jogou pelo ralo a riqueza em projetos megalomaníacos. Temos de fazer diferente.

Com Folha de S. Paulo

Países passagem da tocha para comemorar a independência

Neste dia, em 1821, cinco países - Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras e Nicarágua - juntou-se a declarar a independência da Espanha. Neste dia, em 1821, países Cinco - Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras e Nicarágua - juntou-se a declarar independência da Espanha. Liderados por Guatemala, os países então brevemente Unidos com o México antes de voltar a romper e formar a Federação Centro-Americana. Liderados por Guatemala, os Países então brevemente Unidos com o México antes de voltar a romper e formar uma Federação Centro-Americana. A federação gradativamente dissolvida após as disputas territoriais e os seus países membros ganharam soberania. A Federação gradativamente dissolvida após a Disputas Territoriais e os seus Países membros ganharam soberania. Hoje, os cinco países se unem mais uma vez para comemorar o aniversário com festas, desfiles, música e dança. Hoje, os cinco Países se mais uma vez desemprego para comemorar o aniversário com festas, desfiles, música e dança. A tocha começou no dia 14 de setembro, na Guatemala, atravessou a Rodovia Pan-Americana e chegou em Costa Rica hoje, vale ressaltar que em repúdio ao golpe militar instalado em Honduras, este ano a tocha não passou pelo país.

foto: comemoração na Guatemala

UPES

Da Rua Marechal Mallet, 250

Abril monopoliza venda de livros didáticos ao governo

Nos últimos cinco anos, o Ministério da Educação repassou para o grupo Abril a quantia de R$ 719.630.139,55 por conta da compra de livros didáticos. Foi o maior repasse de recursos públicos destinados a livros didáticos dentre todos os grupos editoriais do país. Nenhum outro recebeu, nesse período, tanto dinheiro do MEC - desde 2004, o grupo da “Veja” ficou com mais de um quinto dos recursos (22,45%) do MEC para compra de livros didáticos.

Por Carlos Lopes*

Nem mesmo o grupo espanhol Santillana (dono das editoras Moderna e Objetiva), que teve suas vendas ao MEC turbinadas a partir de 2006, conseguiu emparelhar com os americano-afrikaners que têm o sr. Bob Civita por seu representante. O máximo que conseguiram foi chegar a 17,50% dessa verba.Todos os dados expostos nesta página (abaixo) têm como fonte o “Portal da Transparência” do governo federal, mantido pela Controladoria Geral da República. A tabela que apresentamos mostra o que a Abril recebeu do MEC – e, para comparação, o que receberam as principais editoras ou grupos editoriais desse ramo. A editora Globo, por exemplo, recebeu 0,21% dos recursos destinados pelo MEC à compra de livros didáticos. A Melhoramentos, de vasta história nessa área, recebeu 0,17%. A Brasiliense, que dispensa maiores (e até menores) apresentações, recebeu 0,20%. A José Olympio, 0,22%. E a Companhia Editora Nacional, outra que todos conhecem na área de livros didáticos, ficou com 0,30%.Enquanto isso, a Abril ficou com 22,45%. O espantoso é que até 2004 o grupo Civita não atuava no setor de livros didáticos. Nesse ano, o grupo adquiriu duas editoras – a Ática e a Scipione. Por que essa súbita decisão de passar a explorar os cofres públicos com uma inundação de livros didáticos? Evidentemente, porque existe dinheiro nos cofres públicos.O FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), é uma das principais dotações orçamentárias do MEC, quando não a maior. Mais da metade dos recursos do FNDE são gastos na compra de livros didáticos. Assim, 72,64% da verba efetivamente gasta desse fundo, em 2004, foram para essas compras; em 2005: 72,76%; em 2006: 81,51%; em 2007: 63,68%; e em 2008: 63,47%. A diminuição do percentual nos últimos dois anos não se deveu a uma redução dos livros comprados. Pelo contrário, foi consequência de uma maior verba destinada ao FNDE pelo governo Lula.Naturalmente, esses recursos, que são do Estado e do povo brasileiro, têm que ser, não somente fiscalizados, mas dispendidos de acordo com uma política que contemple os interesses e as necessidades dos seus donos. Caso contrário, é inevitável que monopólios, parasitas, aventureiros, para não falar de vigaristas sem qualquer sofisticação, armem seus expedientes para se apossar do que não é deles.Quando não há nada que se aproxime de uma política nacional para o livro didático, não é espantoso que os picaretas do tipo Civita, e até os de além-mar, sejam os beneficiados na compra de livros didáticos pelo MEC.O leitor poderá conferir na tabela: apenas quatro editoras ou grupos editoriais (Abril, Santillana, FTD e Saraiva) ficaram com 70,63% dos recursos do FNDE destinados à compra de livros didáticos.É verdade que a FTD, pertencente aos Irmãos Maristas, tem uma longa – e benfazeja – tradição em livros didáticos e o mesmo pode-se dizer da Saraiva. Mas, o grupo do Civita? Que tradição tem, que não seja de ignorância, estupidez, amesquinhamento da cidadania (isto é, golpismo) e sensacionalismo difamatório? O fato de comprar a Ática e a Scipione não o transforma no campeão dos livros didáticos. Pelo contrário, transforma a Ática e a Scipione numa sucursal da “Veja” - ou daquela revista de história (?) dos Civita, que, há alguns anos, ensinava que a diferença entre os gregos e os persas que no século V a.C. lutaram nas Termópilas e em Salamina é que os primeiros eram capitalistas ao estilo americano, enquanto que os segundos ainda estavam no feudalismo...Não há dúvida que existem dezenas de editoras neste país em muito melhores condições e com mais vontade (ou, pelo menos, alguma vontade) de educar as crianças e jovens brasileiros do que essa trupe que nem sabe falar português correntemente (já viram o Bob Civita discursando?), que tem como valores morais o qualquer-coisa-por-dinheiro e, como espírito cívico, o golpismo fascista. Por que os inimigos do povo deveriam receber dinheiro do povo? E por que o MEC deveria cevar o monopólio desses elementos?Mas vá lá, apesar disso tudo, que o MEC faça alguma média com essa quadrilha. Entretanto, estamos falando de quase um bilhão de reais – e do açambarcamento da maior parcela da verba para livros didáticos, o maior negócio editorial do país, mantido com dinheiro público, dinheiro dos impostos, dinheiro nosso.Evidentemente, cabe ao MEC decidir que editoras deseja fortalecer e quais aquelas que, por nocivas ou patogênicas, têm que ser mantidas sob quarentena. É a isso que se chama uma política. No momento, nessa questão da compra de livros didáticos, o MEC, infelizmente, está adotando a política de fornecer dinheiro público para que o Civita sustente o seu panfleto – pois a “Veja” não é uma revista, meramente é um panfleto, há quase oito anos voltado contra o Estado e o governo do país, e há muito voltado contra o povo, que espera que seus filhos estudem em livros didáticos decentes, não em deformados arremedos para ganhar dinheiro às nossas custas.Em suma, as atividades anti-sociais do grupo Civita são abastecidas com dinheiro público – e nem falamos na publicidade de órgãos estatais que flui prodigamente para suas revistas. Ficamos apenas nos livros didáticos, por enquanto.Exatamente essa malta, cínica e pendurada no dinheiro público, acusa o MST de ter recebido, de 2003 a 2007, R$ 43 milhões em alguns convênios com o governo federal. O MST, se é que recebeu esse parco dinheiro, o recebeu para trabalhar, pois é isso o que significa um convênio – uma parceria com o Estado para realizar tarefas necessárias à população. O dinheiro de um convênio não é entesourado, mas gasto no trabalho conveniado com o Estado, de acordo com regras estritas – e o que não faltam são órgãos, instâncias e mecanismos de fiscalização para verificar como o dinheiro é gasto, além de ser obrigatória (e pública) a prestação de contas.Já o Civita, recebeu, só do MEC, entre 2004 e 2008, R$ 719.630.139,55 – isto é, 17 vezes mais do que o MST – e não foi para trabalhar, mas para empurrar livros didáticos duvidosos, e a preço de ouro, pela goela do Estado e no embornal das crianças e dos jovens. Não há ninguém para fiscalizar o modo como a Abril, ou o seu preposto, vai gastar o dinheiro ganho com esse empurra-negócio. Se alguém da cúpula da Abril quiser gastar o dinheiro com um harém – feminino ou masculino – pode fazê-lo, apesar da origem do dinheiro ser pública. “Ora”, dirá o Civita, “foi uma venda, e o dinheiro é meu”. Na verdade, não – foi um achaque sobre o Estado e o dinheiro público.Diz a senadora Kátia Abreu, com o brilhantismo que lhe caracteriza, que os supostos R$ 43 milhões em cinco anos dariam para comprar uma infinidade de cestas básicas e sabe-se lá quantas casas populares. Parece que ela pesquisou um bocado para saber o preço de uma cesta básica...

Carlos Lopes é editor do jornal Hora do Povo
Fonte: Brasil de Fato

domingo, 13 de setembro de 2009

Engavetada, PEC do Trabalho Escravo prevê punição a fazendeiros

Uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) espera a aprovação desde 2001, mas ainda está engavetada. Conhecida como PEC do Trabalho Escravo, foi criada com o intuito de penalizar os proprietários rurais que usam trabalho escravo em suas terras. A pena seria a desapropriação da área para fins de reforma agrária. A medida espera a aprovação no Congresso Nacional.
O ambientalista e coordenador do portal EcoDebate, Henrique Cortez, observa que as medidas de sanções anteriores a esta proposta eram facilmente dribladas pelos proprietários rurais, visto que o trabalho era negociado por terceiros. Com a possível perda da propriedade, a medida poderia ser mais eficaz ao combate da escravidão.
“Essa é uma PEC que começou em 2001. Foi votada no Senado duas vezes e foi aprovada. Foi votada na Câmara dos Deputados - deveria ter sido votada duas vezes, mas foi votada apenas uma vez, sendo aprovada. Falta esta segunda votação. Só que isto está parado na gaveta do presidente da Câmara desde 2003. Eu acho que há uma grande omissão por parte do governo.”
Ele também defende o compromisso em listar as empresas que possuem denúncias de trabalho escravo - a “lista suja” do Ministério do Trabalho.
“Permite que o próprio governo conheça as empresas que estão envolvidas com trabalho escravo ou degradante, privando-as de investimento público e vantagens. Também permitem que outras empresas possam excluir dos seus catálogos de fornecedores estas empresas envolvidas com trabalho escravo.”
Desde que a lei que foi proposta, o Brasil já registrou a libertação de 26 mil trabalhadores em condições semelhantes à escravidão.
Da Radioagência NP

Memória do Movimento Estudantil. História do 26º COESES da UPES com Luiz Fachin.

Falar da história de lutas do Paraná sem falar das entidades estudantis é ser no mínimo equivocado, por tanto, iremos aproveitar a contribuição de Raoni de Assis que foi publicada em seu blog - blogdoraoni.blogspot.com, trazendo hoje uma parte da participação de Luiz Edson Fachin na memória da UPES. Vamos ao conteúdo:

Procurando nos arquivos descobrimos o 26º COESES - Congresso Estadual dos Estudantes Secundaristas que foi realizado no ano de 1975 na cidade de Campo Mourão-PR (foto abaixo). O Congresso teve a participação de cerca de 400 estudantes e foi realizado no Clube Social e Recreativo 10 de Outubro. O Presidente da UPES até próximo a data do congresso era Carlos Singer. Em entrevista com ele, nos contou alguns detalhes. "Para que o congresso fosse realizado em Campo Mourão, eu como mourãoense tive que deixar a presidência da entidade e vir para Campo Mourão organizar o congresso. Eu acabei me tornando Secretário de Interior da entidade". Com a saída de Singer da presidência da UPES, quem assumiu o comando do 26º COESES, foi quem? Ele mesmo, Luiz Fachin, hoje advogado da causa do terreno da UPES.Luiz Fachin comandou os trabalhos do 26º COESES da UPES, na cidade de Campo Mourão. O congresso além das atividades políticas ainda contou com torneios de Futebol de salão e volêi que foram realizados na cancha "Itacyr Tagliari" pai do hoje secretário de esportes de Campo Mourão, Itamar Tagliari.Nesse 26º COESES é que apareceu para a vida política aquele que viria a ser o Prefeito de Maringá pelo PT, José Cláudio Pereira Neto (in memoriam). José Cláudio foi eleito presidente da UPES nesse congresso que ainda contou com a presença na mesa de abertura do então Presidente da UMES, Tauillo Tezelli, que viria se tornar Prefeito de Campo Mourão de 1996 a 2004.

Ficha técnica:

ano: 1975o

que: 26º Congresso da UPES

onde: Campo Mourão - PR

Personagens: Luiz Fachin (advogado, chefe do departamento de direito da UFPR) ; Carlos Siger (ex-presidente da UPES, hoje empresário) ; José Cláudio (ex-Presidente da UPES e ex-Prefeito de Maringá - in memoriam) e Tauillo Tezelli (ex-presidente da UMES e ex-prefeito de Campo Mourão, hoje empresário)

Fontes: Entrevistas com Carlos Singer, Tauillo Tezelli. Jornal Tribuna do Interior, Livro UMES 35 anos uma rebeldia consequente e arquivo da família Assis Marques.


Raoni de Assis é Presidente do CANAC, Centro Acadêmico de História da UEM - Universidade Estadual de Maringá, teve passagem por diversas entidades estudantis, UMES de Campo Mourão, UPES, UBES e UPE além de ter sido Diretor do CUCA da UNE no PR. Participou do Rotaract, Conselho Municipal de Cultura e do Conselho Municipal da Juventude de Campo Mourão.

O NOVO CERCO DA LAPA, por Anthony Leahy

A UPES vai através do blog divulgando uma parte da história do Paraná que pouca gente, e a colaboração para isto será de Anthony, autor de excelentes artigos que abordam um lado escondido nos livros didáticos, mas que mostra a luta do povo paranaense, e pra começar a prosa, uma poesia que retrata a nossa aguerrida Lapa, muito rica culturalmente (foto ao lado, museu da cidade) localizada na região metropolitana de Curitiba e que é bem definida nas palavras de Leahy. Vale a pena conferir:

Terra bonita,
Berço de heróis,
A República Brasileira, sempre erguida,
Graças ao heroísmo de todos vós.
Não basta nascer Lapeano! Tem que optar por ser Lapeano! Assumir a responsabilidade de ser Lapeano!
Torna-se Lapeano a partir da consciência da importância histórica da Lapa, do orgulho e da responsabilidade de pertencer a esta terra, berço e túmulo dos heróis da resistência contra a tirania e arrogância dos que a subestimaram.
A história da heróica performance deste povo mostrou o poder da determinação e do comprometimento. Força que faz dos pequenos –Grandes! Dos perdedores –Vencedores!
Vivemos um momento crucial para a nossa querida Lapa. Estamos, de novo, cercados, mas desta vez, o inimigo é muito mais poderoso e cruel, pois não defende ou professa nenhuma ideologia! É só a destruição pela destruição! É o cerco da apatia e do descomprometimento, que gera o esquecimento, a miséria e a fome.
E o pior! Muitos das fileiras deste novo cerco da Lapa são seus próprios filhos. Descendentes de heróis cujo sangue está derramado pelas ruas, praças e casas. De heróis que podemos escutar seus gemidos de dor em cada parte da cidade.
Está na hora de pegarmos as armas da responsabilidade e entrarmos nas trincheiras do comprometimento, retribuindo e honrando a morte heróica daqueles que, com seu sangue e suas vidas, salvaram a república e fizeram de cada brasileiro um Lapeano.
Temos que ocupar o lugar que por direito e por sangue é nosso. Não podemos abrir mão de nossa importância histórica, nem nos aceitarmos relegados ao segundo plano da história brasileira.
NÃO! Já resistimos e provamos o nosso valor uma vez e provaremos de novo! Esteja onde estiver, tenha nascido onde for, Lapenanos de todo o mundo atendam ao chamado desta nova batalha e unam-se em uma só voz em defesa da nossa Lapa.

Anthony Leahy é membro do Lapa Mundi - Amigos da Lapa no Mundo, Diretor do Instituto Memória, Editor da Pedra da Gazeta, Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, Autor do livro Curitiba Nas Curvas Do Tempo e do projeto Piá Bom de História.

sábado, 12 de setembro de 2009

A Globo (novamente) foge da realidade, por Claudio Yida Jr

A UPES se prepara para a Conferência Nacional de Comunicação, construindo conjuntamente com demais entidades uma Conferência Livre para debater a democratização dos meios de comunicações, então para contribuir no debate, um belo artigo para ajudar a nos embasar:
"Emissora dos Marinho quer liberdade de expressão, mas cerceia liberdade de globais na internet Circula pela internet, desde o último dia 10 de setembro, uma suposta carta que delimita a conduta de todos os funcionários das Organizações Globo – artistas inclusos – nas mídias sociais. Talvez por conta dos últimos casos de queimação de filme de suas estrelas (procure por Xuxa+twitter, Ana Maria Braga+fauna ou Luciano Huck+twitter no Google), a emissora carioca ponderou que não seria positivo à imagem da corporação o desmascaramento público da prole, até pouco tempo uma casta intocável.
Destaquemos alguns trechos interessantes da circular, para depois destrincharmos o que há por trás de tudo isso. Diz a carta que seu objetivo é “proteger seus conteúdos - fruto do esforço individual de centenas de colaboradores - da exploração indevida por terceiros” e que com “a expansão de novas plataformas ‘virtuais’ nos leva a reforçar normas que já devem prevalecer quanto aos demais veículos de comunicação tradicionais”. Mais abaixo, aparecem sinais claros de censura e, pior, de quase escravidão: “A hospedagem em Portais ou outros sites, bem como a associação do nome, imagem ou voz dos contratados da Rede Globo a quaisquer veículos de comunicação que explorem as mídias sociais, ainda que o conteúdo disponibilizado seja pessoal, só poderá acontecer com prévia autorização formal da empresa.” (...) “A presença individual e particular dos nossos contratados deve se restringir, se desejada, exatamente a este universo [nota: canais oficiais da emissora], estando totalmente desvinculada da atuação na Rede Globo, nem tampouco associados a outros veículos de comunicação. Se essa separação clara não puder ser estabelecida, o uso dessas mídias fica inviabilizado.”
Nota-se que a Globo – assim como não consegue trabalhar ao vivo por conta do seu estilo pasteurizado – jamais aceita diversidade de opinião e castra tudo aquilo que foge do seu famigerado “Padrão de Qualidade”. Vale lembrar que isso não fica restrito à TV; espalha-se também no seu jornal impresso, com aquela seção de cartas que mais parece um correio elegante de festa junina, tamanha a quantidade de elogios. Vem à tona, portanto, um modus operandi que inclui omissão e manipulação de informações e cerceamento da liberdade de expressão de seus funcionários (fiquemos, só por cima, com o caso do repórter Rodrigo Vianna, que pode ser melhor entendido aqui).
Deixando de lado o histórico sombrio da Vênus Platinada, cuja capivara inclui a fraude na eleição de Brizola ao governo do Rio de Janeiro, o desprezo à campanha pelas Diretas e a edição do debate Lula x Collor, é preciso salientar o abismo entre o discurso e a prática. Não faz muito tempo e figurava na agenda pública uma proposta de controle da atividade jornalística a partir de uma agência regulatória. A empresa dos Marinho bradou, dizendo que isso era contra - vejam só! - a liberdade de expressão que a Globo agora retira dos seus próprios jornalistas.
Não à toa, a mídia tradicional perde cada vez mais espaço e influência na formação de opinião. Ao invés de utilizar as redes sociais como um instrumento de aproximação ao público, jornalões, TVs e revistas semanais de pouca credibilidade se colocam em posição de confronto - simplesmente por não compreender o funcionamento da interatividade e o caráter colaborativo da web -, brigam com seu consumidor e fazem exatamente aquilo que querem “denunciar”. A imprensa consolidada, nessa paranóia denuncista, se esqueceu do compromisso com o factual e com a realidade e se tornou mera fábrica de mentiras e fantasias. Sob tais termos, a Globo poderia muito bem se dedicar exclusivamente às telenovelas, coisa que faz com primazia, e esquecer esse papo de jornalismo e contato direto com o povo para não caminhar em direção a uma desmoralização irrecuperável. "


Claudio Yida Jr é blogueiro do "Chutaquiehmacumba.blogspot.com" e colaborador do site http://www.ujs.org.br/

Estudo qualitativo sobre a homofobia no ambiente escolar em 11 capitais brasileiras

O Governo Federal lançou, em maio de 2004, o Programa “Brasil sem Homofobia” em
articulação com o movimento social de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) e outras forças sociais e políticas. Desde então, diversos Ministérios e Secretarias Especiais, Governos Estaduais e Administrações Municipais, os Poderes Legislativo e Judiciário, sindicatos, profissionais da educação, da saúde e da segurança, entre outros, têm estado envolvidos em uma série de ações conjuntas de promoção da cidadania e dos direitos humanos dos e das LGBT, inclusive em termos de enfrentamento de preconceitos, discriminações e violência baseada na homofobia.
O Ministério da Educação é signatário e um dos principais formuladores do Programa, cujo plano de ações situa o direito à educação entre os seus eixos mais importantes. É compromisso do mesmo trabalhar por uma educação de qualidade a todas as pessoas e, por isso, tem se empenhado, em todos os níveis e modalidades de ensino, na implementação de ações voltadas à promoção do reconhecimento da diversidade sexual e ao enfrentamento do preconceito, da discriminação e da violência em virtude de orientação sexual e identidade de gênero.
O Ministério resolveu apoiar a iniciativa do Congresso Nacional e, por meio de Emenda
Parlamentar, aportou recursos para financiar um projeto que prevê a realização de uma pesquisa qualitativa junto aos sistemas de ensino, a produção de materiais didáticos para profissionais da educação, a formação continuada e articulação política entre sistemas de ensino e movimentos sociais.
Surgiu, desta forma, o projeto “Escola Sem Homofobia”, concebido de modo colaborativo entre a Pathfinder do Brasil (executora do projeto), a Reprolatina - Soluções Inovadoras em Saúde Sexual e Reprodutiva, a ECOS-Comunicação em Sexualidade, a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), a Aliança Global para Educação LGBT (GALE) com apoio e assistência técnica da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (Secad/MEC).
A Reprolatina, instituição especializada em pesquisas e apoio técnico na área da sexualidade e dos direitos sexuais e reprodutivos, realizará, no âmbito deste Projeto, a pesquisa qualitativa acima referida em 11 capitais brasileiras das cinco regiões: Manaus, Porto Velho, Recife, Natal, Goiânia, Cuiabá, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba.
O objetivo da pesquisa é analisar percepções, conhecimentos e comportamentos da
comunidade escolar em relação à diversidade sexual. Serão também considerados elementos relativos a concepções pedagógicas, currículos, rotinas, atitudes e práticas adotadas no ambiente das escolas diante da diversidade de orientação sexual e de identidade de gênero, para contribuir para a implementação de políticas educacionais voltadas para a superação do preconceito, da discriminação e da violência sexista e homofóbica.
Em cada município foram selecionadas, aleatoriamente, quatro escolas, municipais ou estaduais, que tenham ensino fundamental do 6º ao 9º ano. Em cada uma das escolas serão realizadas entrevistas em profundidade com diretores/as e coordenadores/as pedagógicos e grupos focais com professores/as e estudantes seguindo a técnica de amostragem proposital. Além disso, será realizada observação dirigida, utilizando guias especialmente preparadas para o projeto, e serão realizadas algumas entrevistas informais com auxiliares administrativos e de serviços gerais. Em cada município também serão entrevistados os/as Secretários/as Estadual e Municipal de Educação, ou representantes por eles designados. A SECAD aprovou o protocolo da pesquisa e comunicou aos Secretários Municipais e Estaduais que está pesquisa seria realizada. A pesquisa foi também aprovada pelo Comitê de Ética da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP.
Como etapa preparatória para o trabalho de campo, foi realizada uma capacitação da equipe de pesquisa no período de 1 a 4 de setembro em Campinas, SP. A capacitação contou com uma carga horária de 32 horas, e teve como objetivos revisar os marcos de referência do projeto, noções de pesquisa qualitativa e técnicas que serão empregadas na pesquisa, comunicação, procedimentos e o fluxo da pesquisa, os instrumentos e os aspectos éticos, bem como aspectos logísticos do trabalho de campo. De cada município participaram dois profissionais que atuarão como assistentes de pesquisa, além da equipe de pesquisadores da Reprolatina. A próxima etapa é o trabalho de campo, que será finalizado no final do mês de novembro.
Participantes da capacitação em pequisa qualitativa promovida pela Reprolatina
Espera-se que os resultados da pesquisa possam contribuir para a implementação do Programa Gênero e Diversidade Sexual nas Escolas, do Ministério da Educação, através de ações que promovam ambientes políticos e sociais favoráveis à garantia dos direitos humanos e da respeitabilidade das orientações sexuais e identidade de gênero no âmbito escolar brasileiro. Também espera-se que possa dar subsídios para a incorporação e institucionalização de programas de enfrentamento à homofobia de modo a fazer parte da programação anual de cada escola, com previsão de recursos humanos e materiais para a sua sustentabilidade.
A UPES desde de sua reconstrução tem se aprofundado mais em debater esta questão, mas a ausência de um (a) Diretor (a), resulta na falta de mais elaboração sobre o assunto diz Rafael Clabonde, "infelizmente ainda a escola como um tudo pouco debate a diversidade, mas nós iremos reparar no próximo período a participação dos Grêmios neste embate". A realidade que será mostrada na pesquisa infelizmente reflete a escola cheia de restrições a orientação sexual, embasada em valores de falsa moral e preconceito, mas para Clabonde a mudança é inevitável, "a emancipação humana vai se dar em toda instância, vamos derrubar sim como muita luta a resistência que se tem contra as formas de expressão de sentimentos", concluiu.

Para mais informações sobre a pesquisa contatar Margarita Díaz, investigadora principal e presidenta de Reprolatina: www.reprolatina.org.br (Fone 19-32891735)

UPES
Da Rua Marechal Mallet, 250.

Obs.: as contribuições que o Grupo Dignidade, na pessoa do Presidente no Paraná, Toni Reis, tem ajudado na divulgação de ações como esta;